Osteofitose ( bico de papagaio )

A adoção de posturas erradas leva, ao longo dos anos, a lesões das articulações vertebrais.

A Osteofitose-Bico de Papagaio aparece decorrente da protusão progressiva do anel fibroso do disco intervertebral, dando origem à formação de osteófitos cujos efeitos são agravados pela desidratação gradual do disco intervertebral, causando a aproximação das vértebras, comprimindo a raiz nervosa causando dores e irradiações para membros superiores e/ ou inferiores, a mais comum delas é a compressão do nervo ciatico, muitos alunos se queixam desse tipo de dor, dor essa caracterizada por um ponto que "desce" pela coxa em direção aos pés.

Resumindo, de tanto a coluna vertebral em uma determinada região receber a sobrecarga de peso de forma errada (Má postura, não confundir com exercícios pesados que se forem feitos com uma postura correta não causam tantos danos como um mínimo movimento sem carga nenhuma mas com a postura inadequada), o organismo envia mais tecido ósseo para o local formando pequenos depósitos, espículas, `espinhos ósseos` que poderão aumentar com o tempo, causando muito incomodo doloroso ao individuo.

Há relatos de pessoas que adquiriram em região dorsal e nunca manifestaram incômodos.

Mas, em regiões muitos moveis como, a cervical, lombar e sacral, os sintomas são  mais comuns e mais fortes.

Bico de Papagaio
Disco degenerado + diminuição do espaço intervertebral.

Nas radiografias ou tomografias a imagem da artrose aparece como pequenas saliências ósseas que são os Bicos de papagaio.

Estes aparecem nas Facetas Articulares e nos Corpos Vertebrais . Estas alterações juntamente com as degenerações ou desgaste dos discos intervertebrais são as grandes causas das dores nas costas ou pelo menos o seu fator desencadeante mais comum.

Radiograficamente, o aspecto do osteófito remete ao bico de um papagaio, vindo daí o nome popular.

Alguns especialistas acreditam que o bico-de-papagaio possa surgir devido à desidratação do disco intervertebral, por espondilose, por pré-disposição genética, sobrecarga articular (como no caso de obesidade), devido a algum problema articular prévio (como inflamação, fratura, ruptura de ligamentos, entre outros) ou em consequência de impactos sofridos desde a infância.

Todavia, é importante salientar que a principal causa do aparecimento desta anomalia óssea é a permanência em posturas incorretas ao longo da vida (principalmente em frente ao computador), resultando em lesões nas articulações vertebrais. Destas últimas, originam-se os osteófitos, que por sua vez, causam a desidratação do disco intervertebral, fazendo com que as vértebras fiquem mais próximas uma da outra, com consequente compressão da raiz nervosa. Portanto, a dor presente na osteofitose decorre dessa compressão.

Ao passo que o indivíduo envelhece, as dores causadas pelo bico-de-papagaio começam a surgir; contudo, alguns sinais percebidos anteriormente podem indicar a presença dessa expansão óssea. Pessoas que durante a vida não adotaram boa postura corporal, não praticou atividades físicas e vivenciou períodos intensos de estresse apresentam maiores chances de desenvolver osteófitos.

O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. No primeiro caso, a adoção de novos hábitos, como boa postura, juntamente com prática de atividade física pode auxiliar no alívio das dores. 

Com relação ao tratamento cirúrgico, este é recomendado quando o paciente apresenta dano neurológico súbito e quando a coluna evidenciar sinais de desalinhamento progressivo com dor intensa, bem como alteração de força e sensibilidade nos membros superiores. A realização deste tipo de cirurgia habitualmente requer o uso de enxertos ósseos e implantes.
Por ser uma doença comum, muitas pessoas não dão a atenção merecida para essa alteração na coluna, mas ha casos em que a osteofitose pode até comprometer o equilibrio ou causar tonturas e má circulação cerebral quando localizada na coluna cervical.
Ela pode, além de causar dores pela compressão da medula espinhal, dificultar a circulação cefálica pela compressão de artérias, principalmente a artéria vertebral.

 Como toda doença da coluna, a atividade física auxilia no  tratamento dos sintomas, e nesse caso, até na diminuição do dano causado às vértebras ao longo da vida.
 O alongamento auxilia na redução da compressão das terminações nervosas e o fortalecimento da musculatura paravertebral equilibrando com o fortalecimento abdominal auxilia na manutenção da postura, podendo, dependendo da idade e condição física do paciente, gerar regressão da doença.
   Coloco-me à disposição para qualquer dúvida sobre esta ou outra doença relacionada à coluna vertebral e aos joelhos e qualquer outra dúvida sobre treinamento físico no meu e-mail: gustavo.moscardi.monteiro@gmail.com
Abraço à todos